Sou eu, a ilha de que pouco se fala, que de muitos conheço por natureza.Abraço, acolho e embalo. Vivo na certeza de um dia vir a ser amante do mundo. A paixão da diáspora tem sido correspondida com ternura. Embora muitos têm-me desconhecido estarei de largos braços abertos para recebê-los.
Orgulho-me de ser filha duma nação única e admirável.
Durante muito tempo servi de curral e disso não me envergonho, beneficiei o mundo inglês de outrora com a minha riqueza; beneficiei todos quantos que por mim passaram. Dei-lhes o amor, a riqueza e a liberdade, simplesmente porque sou o que sou.
Sou Djarmai, amo e preciso ser amada tanto pelos homens como pela natureza.
A minha perfeita baía, causou muitos a curiosidade de ver o que existe atrás do horizonte e além do mar. A vida não era, não é fácil, muitos têm procurado o paraíso atrás do horizonte. Foi ali que os meus filhos conheceram a Holanda, o país que ainda conquista muito dos meus e os consomem.
- A chuva me engana, o mar me entristece. Leva a minha gente. Uns ficam sem pais, outros sem amigos…
- E aqueles que ficam sem “sis pantcholas?” Quão tristes viverão na incerteza…! Quão solitárias partem. Ao partirem deixam apenas um escrito com espuma na areia: ADEUS! (um adeus apagado pelas ondas do mar malvado.)
O meu grito é sofredor, é desanimador. Gritarei sempre para o bem dos meus filhos. São eles “pov di sentiment, coração abert…” (Betú- Maio nha terra sab), merecem sempre mais!
Edson Valdir M. Alves
evaldir_alves@hotmail.com
Bonito grito,nta spera ma bu ta consegui dal mas alto inda e ma ta obido.Maio di nos sta perdido na tempo.So nu ka sabi te qdo.Nu ta kre acredita ma td ta muda pa midjor mas ao msm tempo nu tem consciencia ma parado assim e ta bai so pa traz.Ate um dia...
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