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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Filhos de identidade desconhecido

Na nossa sociedade, os filhos bastardos e / ou de pai desconhecido são factos “naturais” muitas vezes tomados como “normais”. Talvez, nem todos os filhos nestas condições achem que estes factos sejam normais ou naturais. Mas a verdade é que estes fenómenos são muitas vezes tema de discussão, para o bem ou para mal. Actualmente é também discutido o fenómeno da “produção independente”. Contudo, na minha opinião há um outro fenómeno que precisa de igualmente da nossa atenção, aliás, penso que este fenómeno merece uma atenção redobrada da parte dos que vivem na imigração e pretendem constituir família nos países de acolhimento é o fenómeno “ filhos de identidade desconhecida”.

Nesta situação encontram-se na maioria dos casos filhos de imigrantes, principalmente os que já nasceram no estrangeiro. O problema existe quando não sabem exactamente que país é o seu, se é o país onde nasceram, vivem mas não conhecem muito bem da sua cultura ou se é o país que desconhecem fisicamente, onde nunca viveram mas conhecem a sua cultura, que por ventura não lhes diz muita coisa. Assim sendo, sentem que não pertencem á nenhum desses países, nem ao país onde vivem nem á terra dos seus pais. A primeira é país dos outros, um lugar de trabalho e/ ou estudo e a segunda é apenas um destino de férias. Não se consideram, orgulhosamente, cidadãos do mundo ou romanos apenas quando estão em Roma, porque necessitam de uma identidade definida para se sentirem inseridos ou, simplesmente, para se sentirem bem. 

Alguns quando abordados sobre esse assunto, apresentam o Bilhete de Identidade, o que demonstra, claramente a gravidade da situação. Como é que uma pessoa se pode identificar pelo B.I? B.I não é apenas um papel? Embora com as suas próprias características e por sinal um papel importante, mas ainda assim um simples papel.

Paula Ribeiro

1 comentário:

  1. Épah! Paula, eu diria que este fenómeno é um facto natural, normalmente aceitado(será que já não é cultural?), tudo isso sem aspas para que no meu estilo dramatizar a situação.

    Mas este teu texto não tem nenhum paradoxo ou ser um pouco superficial? Sabes porquê que digo-te isso? Pela seguinte razão:

    a) Aquando a tua visita à minha faculdade, não me lembro por que razão coloquei-te uma música do Allen Halloween para ouvires, automaticamente recusares porque a música não era alegre(estvas cansada?), isto é, não tinha nenhuma fantasia, limitava a tratar a realidade nua e crua.
    " A tua mente só é livre se encontrares a tua paz, acredita dji eu continuo a procurar", "discursos enfeitados iludem a maioria, culpabilizam o fracasso perseguindo a minoria oriundas de África, terra árida, fome, guerra, sida, cólera, corrupção, malária, 1 dollar per capita(...)migração, solução da nossa gente, será ambição ter uma casa dicente,(...), profissão servente. Eu vejo fluxo de massa em direcção ao Ocidente como um pássaro sem asa persegue um estrela cadente(http://www.youtube.com/watch?v=4BSaKN3fvbg)".
    É isso mesmo Paula, alguma vez reflectiste sobre o quê que está por detrás de tudo isto? O porquê dessa perda de identidade, ou melhor, rejeição tanto no país de acolhimento como o país de origem dos seus ascendentes? Já reflectiste alguma vez sobre este sistema viciado?

    b) Paula para não alongar muito queria desafiar-te a ler, ouvir e reflectir sobre as coisas que não são alegres e bonitas, os poetas de rua ou os alternativos, talvez isso vai ajudar-te a aprofundar o teu texto. Para já quando tiveres tempo, vá ler o "Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels ou ouvir a música de um grande liricista do hiphop português, o Valete. Também poderás complementar com o os dramas do mc Halloween e outros.
    Perceberás que são pertinentes as tuas perguntas mas que há um sistema muito maior e complexo por detrás disso tudo, por isso há muitos imigrantes ou filhos destes com nacionalidade de um país que nem sequer sabem falar a língua nacional do respectivo país.
    No fundo não são de lá nem de cá.

    Bjinhs

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