Grau do Agrado

No passado dia 16 e 17 do Maio realizou-se na cidade de Coimbra o I Encontro de Estudantes Maenses em Portugal. O encontro contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal do Maio, Eng.º Manuel Ribeiro e esteve presente um número considerável de estudantes maienses (e não só) residentes em Portugal.

Nesse encontro tive a impressão que vivi aquilo que um dia alguém designou de “ viver Djarmai longe de Maio”, isto é, senti “sabura tera tera”, aquela “sabura” que poucas vezes temos a possibilidade de sentir quando estamos “spadjad na mundo fora”.
Os jovens do Maio mostraram através das palavras (quase sempre com mesmo sotaque, isto porque, muitos já trocaram o sotaque maiense por um “badio fed”), da música, do sorriso que são capazes de lutar por um Maio melhor, que são capazes de “junta mon” para o bem da terra querida que muitas das vezes é esquecida por outros.

Alguém afirmou, que pela primeira vez em 5 anos na Coimbra descobriu a verdadeira “sabura” da cidade, quando foi possível juntar um pedacinho de Maio ali. E eu acrescento que aqueles foram os dias mais “sab” vivido cá em Portugal. Por isso, para aqueles que tiveram a iniciativa, que fizeram parte da organização (de forma activa ou não) os meus sinceros agradecimentos recheados de muito orgulho e acrescentado com um pouquinho de “inveja do bem ”.

Pretendia escrever uma espécie de notícia, onde diria a todos os maienses que não estiveram presentes, que encontramos respostas para as nossas perguntas e soluções para os problemas da nossa ilha, mas infelizmente ainda não temos respostas nem soluções. Sendo assim, aproveito a oportunidade “pa manda boca” ou “pa expresa”:

- Para aqueles que foram ao encontro com o único e simples objectivo de se divertirem e conviver, digo que não agiram mal, afinal ninguém deve perder um convívio “à moda da terra”, mas acredito que a nossa ilha estaria melhor se pensássemos em algo para além da “sabura”, porque “so sabura” não resolve os nossos problemas e os nossos gritos precisam de ser ouvidos. Para aqueles que não foram, ainda que tenham uma boa justificação, não faço muitos comentários, apenas atrevo a relembra-los que “querer é poder”. Para aqueles que foram (ou não) e apenas criticaram (segundo a classificação no blog alguém com dificuldades sensoriais a fez) acredito que as pessoas da organização são sensatos, não temem as críticas e sabem tirar o proveito delas. Porém, deixo um desafio aos críticos destrutivos, que façam o melhor da próxima, se sentirem que são capazes!!!
Meus abraços e beijos aos rapazes que estiveram presentes! ;-)

Paula Ribeiro