
Pois bem, este discurso mostra bem aquilo que foi o abandono da ilha ao longo de todos estes anos. Ainda não tinham chegado á ilha do Maio porque esta é a última da lista, e como é costume só se olha para o último se sobrar alguma coisa. Pelos vistos sobrou alguma coisa, pouco menos de um ano de dois mandatos. Só não sei é será suficiente para enganar o povo maense, mais do que primeiras pedras é preciso apresentar obras feitas e estes, nem vê-los.
Mas, politica á parte, vamos falar do turismo e do desenvolvimento da ilha do Maio.
Aquilo a que chamam aposta no turismo como motor do desenvolvimento da ilha do Maio pelos vistos é a construção de meia dúzia de hotéis de luxos, outras tantas zonas turísticas e algumas infra-estruturas de apoio.
Muito bem, há que criar infra-estruturas bases para o desenvolvimento do turismo sim, mas não se deve confundir isto com a criação de condições para o desenvolvimento da ilha e a melhoria das condições de vida dos maenses.
Além dos investimentos em infra-estruturas, tem que se apostar na integração da população maense neste processo, desde o inicio, sob pena de daqui a alguns termos graves problemas sociais com o surgimento de bairros turísticos de luxos ladeados de bairros pobres e marginalizados.
Um dos graves problemas que a ilha do Maio enfrenta neste momento é o desemprego e o sub emprego que são as principais causas da pobreza e consequentemente de problemas sociais.
È verdade que com o arranque do turismo na ilha muitos postos de trabalhos serão criados, mas é preciso ver que tipos de emprego serão criados e que tipo de desempregados é que temos na ilha.
Por um lado existem muitos jovens desempregados na ilhas, alguns com algum nível de qualificação, que poderão ser integrados no mercado de trabalho relacionado directa ou indirectamente com o turismo, mas por outro lado existe uma parte da população, jovens e menos jovens, que estão no desemprego ou no sub emprego, e que muito dificilmente serão integrados no mercado de trabalho gerado pela industria do turismo.
São na sua maioria chefes de família com pouca qualificação que sempre dedicaram ás actividades tradicionais de baixo rendimento tais como agricultura, pesca, criação de gado ou á FAIMO.
È preciso criar condições para a integração dessas pessoas aproveitando os seus conhecimentos e apostando no desenvolvimento de actividades que podem servir para aumentar a oferta a nível de produtos tradicionais aos turistas.
São pessoas com um elevado conhecimento acumulado nas áreas onde sempre trabalharam e que constituem a base da preservação dos produtos tradicionais, das técnicas de produção, dos usos, costumes e tradições, enfim da nossa história, que pode também ser um distinto produto turístico. Sobre isto falarei num próximo artigo.
Samir Agues da Cruz Silva
Amigo e sr. Samir Agues.
ResponderEliminara vossa saude em primeiro lugar
Eu tenho lido tadas as suas reacoes a favor da nossa terra (Ilha do Maio).Estou certo que um dia a sua voz sera ouvida e atendida. Mas ainda nao temos galos para cantar no poleiro; ainda existimos para dizer amem.Sim Senhor, sim Senhor. Madrugada de 25 de Abril esta a caminho da Ilha do Maio mas ainda nao amanheceu estamos a espera do cantar do galo como dizia Prf.Adriano Moreira Ex. Ministro do Ultramar a quando da sua ultima visita as Ilhas de Cabo-Verde nos anos 60.
Mesmo assim eu eucorajo-o a continar com pes firmes e confiante naquilo que deseja alcancar um dia.
Do amigo certo
Antonio Martins.