Desenvolvimento do sector Humano. A resposta para maioria dos problemas Maenses?

Primeiramente muito obrigada por ter criado esse espaço Maense aonde podemos debater sobre a ilha, expressar os nossos sentimentos, e sentir-mos um pouco mais perto do Maio e outros Maenses espalhados pelo mundo. Segundamente, peço desculpas adiantadas pelo meu Português porque já há anos que não o uso, portanto o que estou escrevendo pode estar cheios de erros gramáticos, mas é o conteúdo que interessa.

A maneira concencional de avaliar a magnitude do crescimento econômico é a evolução da renda per capita, e como “economista” reconheço que este tipo de desenvolvimento é necessário e importante na economia de qualquer pais, ou região. Maio tem todas as condições naturais para ter um sector turístico muito lucrativo. Mas, contudo creio que concentrar somente nesse aspecto de desenvolvimento (económico) pode ser bastante problemático, pois isso pode causar que sectores humanos como a educação, saúde, juventude etc. sejam ignoradas e/ou esquecidas. Na minha opinião o poder local preçisa investir mais em sectores humanos e sociais como por exemplo, em programas de ajuda a deficientes, mulheres,formação profissional etc. Além disso a situação de jovens Maenses é bastante alermante e isso está ligado a falta de apoio social e governamental e este grupo marginalizado.

Juventude é um recurso social indespensável, e se consultar-mos a história mundial, veremos que as grandes revoluções foram de facto condutas pelos jovens (Revolução Bolshevik em 1917 na União Soviética, o movimento para direitos civil dos pretos nos E.U.A nos anos 60 etc). Entretanto, a Câmara Municipal do Maio precisa investir mais tempo e recursos de modo a desenvolver e apoiar a juventude Maense para que no futuro, estes jovens, estarem em condições, quer profissional, quer social, de ajudar o desenvolvimento da ilha. A “casa da Juventude” não é suficiente em acomodar as neccesidades dos jovens, pois essa precisa uma reforma geral e trabalhar mais em criar actividades para jovens na ilha durante todo o ano e não somente no verão.

Tambem, nós Maenses, precisamos ter mais fé e esperança na nossa ilha. Em fazer planos para regressar a Cabo Verde e ir trabalhar no Maio, as reações sobre a minha decisão variarão de “nunca mais iras avançar na vida professionalmente aqui no Maio”, ou “não existem empregos no Maio”, até “pessoas não irrão te respeitar”. Essa atitude do povo Maense em relação aos próprios “patrícios” é o que os Americanos chamam de “counterproductive”, ou seja a ilha nunca mais irá para frente se esse tipo de comportamento pervalecer. Para ter progresso, e neccesário que as pessoas competentes e dedicadas do Maio investirem no talento e recursos em prol do desenvolvimento do Maio. Portanto, clamo a todos para não perder esperança em Maio, mas assim ajuda-la de qualquer maneira possivél.

Maio,
Meu pequeno universo
Mergulhado no mar
És a minha âncara sem par

Tenho fé meu torrão Natal
Assim foste o meu abrigo
Assim serás o meu jazigo


Djarmai abó é eterno na nha coração
Comprimentos a todos, Boas Festas e Próspero Ano Novo,

Hélida “Kaline” Costa