Realizou-se no dia 29 de Março de 2009, um encontro de convívio com o Padre Maense Álvaro Santos, "Vá". O encontro começou com uma missa celebrada na igreja de Venda Novas (Amadora), perlongando-se com um convívio em casa da D. Hélda Évora "Déia". Ao sabor de "pratos da terra" e ao som de mornas e coladeiras, estiveram não só presentes maenses residentes em Lisboa, mas também de outras cidades como Coimbra e Porto.
No decorrer da celebração, o Padre "Vá" falou-nos de uma feliz coincidência: a igreja onde ele estava celebrando a ùltima missa antes de partir, era a mesma onde, há vinte e cinco anos, trabalhou com um de grupo (Shalon) e crianças. Esse trabalho segundo ele, trouxe-lhe, para além da experiência, muitas alegrias: "Saí da minha terra com um sorriso no rosto, atras de um sonho de criança. Vim para Portugal, passei pela América Latina, sempre ao serviço do Senhor. Evangelizar, levar a palavra de Deus para todo o mundo. Hoje, vinte e cinco anos depois, vou voltar com o mesmo sorriso, a mesma alegria, mas muito mais rico".
Muito emocionado, ele contou-nos uma história que tocou-me muito. Quando estava no Brasil, uma manhã na sua residência (casa paroquial), estava com outros colegas a realizar algumas tarefas quando ouviu tocar a campanhia. Foi então atender e deu com um menino a pedir alguma coisa para comer. Depois de cumprimentá-lo, o pobre menino pediu-lhe um pedaço de pão velho. Ele perguntou-lhe "porquê pão velho?" e o menino respondeu: "porque sou pobre e não tenho nada nem ninguém. O pão velho chega para matar a fome". Sentou-se com ele e conversaram. Passado algum tempo, ele levantou-se e disse "não vou buscar um "pão velho" mas sim um "pão novo". O menino olhou para ele e disse: "Não, já não preciso do pão. As suas palavras saciaram a minha fome. Você é um grande amigo."
"Esse dia marcou-me para sempre." finalizou a história.
A lição que eu tirei dessa linda história é que devemos saciar não só a nossa fome de "comida", mas também a nossa fome espiritual. Devemos ser capazes de amar, perdoar e esquecer as desavenças passadas para recomeçar uma vida nova. " Nem só do pão vive o homem."
Assim, num clima de muita alegria, a tarde continuou com muita animação, música e brincadeiras. No meio duma "tocatina" que deixou a todos muito emocianados, Kutxis di Ana Maria, Nha Fátima di Nhu Tob e Manito di Mariana não conteram-se, deixando cair algumas lágrimas.
UM BEM HAJA AO NOSSO PADRE "VÁ" E ATÉ BREVE.
Helena R. Santos Agues
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