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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Grupo Parlamentar do PAICV analisa desenvolvimento do Maio


Durante pouco mais de dois dias o Grupo Parlamentar do PAICV realizou jornadas parlamentares no Maio, levando na carteira para discussão um conjunto de questões relacionadas com o desenvolvimento da Ilha do Maio.

Desde logo e numa sessão temática sobre o turismo os deputados puderam discutir com as forças vivas maienses os avanços e constrangimentos que ainda se colocam ao efectivo arranque dos projectos. Recorda-se que a dimensão da integração dos naturais da Ilha no processo de desenvolvimento do turismo é um domínio que gerou grande discussão, já que, segundo vários intervenientes é preciso evitar a todo o custo a exclusão dos naturais, permitindo-lhes, em contrapartida, a possibilidade de neste processo, puderam também ver melhoradas a sua condição de vida.

O facto é que, esta dimensão não foi convenientemente cuidada nas ilhas como Sal e mesmo Boavista, em que determinadas barreiras não permitiram aos naturais prestarem um conjunto de actividades ao turismo. Recorda-se que no Sal, por exemplo, alguns hotéis chegam a importar hortícolas para as suas necessidades o que a todos os títulos deve ser evitado.

Os parlamentares puderam também visitar todas as localidades na ilha e em diálogo com os habitantes passaram a conhecer os avanços e as dificuldades que ainda condicionam o desenvolvimento da ilha.

O que parece ser facto assente é que a Câmara do Maio é pouco dinâmica, apresentando baixos níveis de produtividade facto que tem estado na origem de algum atraso que a ilha ainda apresenta. Além do mais, segundo uma fonte da ilha a Câmara contenta-se a gastar as transferências públicas com uma folha de salários pesada e debitando os seus incumprimentos ao governo.

Um outro facto curioso tem a ver com os níveis salariais praticados pela Edilidade Maiense. A Câmara paga aos trabalhadores nos projectos de desenvolvimento incluindo os financiados pelo governo 300$00 dia, salário que ao que se sabe, já não se pratica em parte algum em Cabo Verde.

Curioso ainda é o facto de a Câmara fazer passar a ideia que a responsabilidade dos baixos salários é do governo. Segundo alguns trabalhadores na localidade de Alcatraz trata-se de autentica exploração lavada a cabo pela Edilidade para apenas amealhar recursos à custa da miséria dos cidadãos para fazer outros objectivos dos responsáveis municipais.


Voltaremos a este assunto proximamente.

Notícia Publicada em www.noticiascaboverde.com

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