segunda-feira, 16 de março de 2009
“Kasu(body)” de “Zemas” e seu “Gang” na Djarmai
A primeira vez que ouvi falar em “Kasuboby” fiquei abismado pois não consegui arrolar o termo ao acto. Porém, passado algum tempo e, após ouvir uma funesta piada, consegui vislumbrar alguma conexão entre uma coisa e outra. Afinal são duas palavras, o “Kasu” e o “Body”, que designam dois actos diferentes! Enfim, é uma palavra “fashion”, tal como “Thug”, que se encontrou para designar dois actos que em Cabo Verde, país “fashion” onde tudo tem que ser “fashion”, “está na moda”.
Mas eu não estou aqui para falar da definição nem da origem da palavra “Kasubody”, mas sim da “transferência da fabrica de cimento” da ilha do Maio para o conselho de Santa Cruz.
Aparentemente uma coisa não tem nada a ver com a outra mas... “as aparências enganam”. Senão vejamos:
Em finais dos anos noventa começou-se a falar da eventual instalação duma fábrica de cimento na ilha do Maio, dado que na ilha existem matérias-primas suficientes para tal e, estudos de viabilidade económica e financeira apresentavam pareceres favoráveis. O projecto, ao que parece, estava pronto a arrancar até porque, alguns investimentos foram projectados a pensar nisto (por exemplo o Porto). Abriam-se boas perspectivas para o desenvolvimento da ilha pelo impacto económico e social que tal actividade traria, com a criação vários postos de trabalho e o desenvolvimento de outras actividades.
No entanto, com a chegada do PAICV ao poder em 2001, José Maria Neves e o seu Governo resolveram transferir a fábrica para Pedra Badejo, Concelho de Santa Cruz, por “incompatibilidades com o desenvolvimento do turismo na ilha do Maio”, justificação no mínimo dúbia, pois nunca ninguém apresentou nenhum estudo contendo tal conclusão.
Não será isto “Kasubody”?! Porque não?!
Então “Zemas” (para ficar mais “fashion”) e o “Gang” que ele lidera chegam á ilha do Maio, sossegada ilha do Maio, “roubam” a nossa fábrica de cimento para entregar ao seu “bro” “Lando” e... “tá-se bem”, “tudu na dxkontra”?!
É verdade que “Zemas” e o seu “gang” não foram de T-shirt XXXXL, calças “baxu kadera”, bota “Timberland”, empunhando faca “pontimola” ou pistola “Bokabedju”, mas cada “Thug” disfarça á sua maneira e, em Djarmai basta ser “di fora”, falar “badiu” ou “sampadjude” para seres recebido como um rei.
Mas, os mais atentos, poderão ainda dizer que foi só “Kasu” e que não houve “Body”. Nada mais falso. Eu também cheguei a pensar o mesmo mas, afinal descobri que houve e continua a haver “Body”. Só que com outros elementos do “Gang”.
Quando ouvi falar do aumento do numero de policias na ilha pensei – creio que tal como toda a gente – que seria para assegurar a ordem e combater o crime. Mas, afinal, segundo fontes fidedignas, este aumento tem a ver com o desenvolvimento da ilha impulsionada pelo turismo. (Qual é a novidade?!)
É que como vão ser construídos hotéis, resorts, casinos, campos de golf, etc. etc., que vão gerar milhares de postos de trabalho, é preciso aumentar a população da ilha para satisfazer a oferta. Ora, a “melhor” solução encontrada foi mandar mais agentes da POP para a ilha. (O quê que isto tem a ver com “(kasu)body”? ...”Nha boka ka sta la”).
Mas voltando á “transferência da fabrica de cimento”, há uma coisa que gostaria de saber: O que é feito da tal fábrica?
Pelo que sei e, segundo uma notícia publicada pelo Panapress no dia 05/11/2006, “...Cabo Verde e a China assinaram, em Beijing, um acordo para a construção de uma fábrica de cimento no concelho de Santa Cruz, na ilha cabo-verdiana de Santiago, orçada em 43 milhões e 200 mil euros...”. Porquê que o projecto ainda não avançou? Será que os “compradores” chineses descobriram que o “produto” é roubado?
As perguntas multiplicam a cada dia e quem de direito teima em se manter no aconchego do silêncio, pensando que o povo maense se vai esquecer.
Mas podem ter a certeza que do fundo da ribeira do “Kumianze” ou do alto do monte “Penoze” surgirão sempre vozes gritando os descontentamentos do povo maense até que alguém nos escute. E alguém nos escutará!
Samir Agues da Cruz Silva
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O povo unido jamais será vencido e este slogan já é antigo mas não está fora de moda . Achei uma certa graça ao epígrafe "Kasu(body )de Zemas e seu Gang" na Djarmai ", afinal os pequenos kasus bodys aprenderam com os grandes que andam pelos vistos dando golpes aos maenses . O povo terá que lutar para que não deixe que essas coisas aconteçam , afinal
ResponderEliminaro país é Democrático e o povo é quem mais ordena e quando chega as
eleições aí mostra o que é bom para a tosse . Força maenses ! Vi uma vez um cartaz que dizia :"vale mais um deputado acordado que nove a dormir " . Quem não defende os interesses da sua ilha e do seu povo ... RUA !
OBRIGADO SAMIR. Jailson Frederico
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