A Polícia Nacional do Comando da ilha do Maio, está apreensiva com os cenários de tráfico e consumo de droga, na ilha. A preocupação foi revelada a este Jornal pelo responsável máximo da Esquadra da ilha, para quem o cenário está a ganhar contornos ameaçadores. Domingos da Rosa alerta para a necessidade de dotar a ilha de meios necessários que ajudem a acautelar esta situação que pode provocar dissabores numa sociedade ainda tida por pacata. "Estamos preocupados com algum tráfico e consumo de estupefacientes", indicou o policial, que faz saber que a droga chega à ilha, sobretudo, pela via marítima, nos botes de boca aberta, utilizados para a pesca. Recentemente a PN apreendeu "cinco placas de cocaína" que chegaram à ilha, precisamente de bote, provavelmente com procedência de Santa Cruz, na ilha de Santiago.
Em funções na Esquadra do Maio, desde Agosto passado, o nosso informante assegurou que a instituição policial local não tem poupado esforços para estancar a situação, mas reconhece que, com os meios disponíveis, não se pode fazer muito mais.
Com um efectivo de 17 agentes, 13 na Ordem Pública que também abrange o sector do trânsito, dois na Delegação Marítima (um está a cumprir pena de suspensão), um na Guarda Fiscal, e outro na área Florestal, o Comando da ilha, explica Domingos da Rosa, tem contado com a colaboração de todos os seu homens para atender às necessidades da ilha, mas diz que os meios materiais são escassos, facto que complica a tarefa. O comando dispõe de duas viaturas, mas apenas uma está em bom estado.
Segurança
A nível da segurança e ordem públicas a percepção é de que a ilha vive uma situação "estável", sem casos preocupantes. O dia-a-dia é "tranquilo", admite o chefe da Esquadra, que está apostado em promover uma aproximação entre a entidade e a própria sociedade.
Neste aspecto, Domingos da Rosa reconhece que há muito por fazer, uma vez que existe como que uma "resistência" em acatar as decisões da polícia, na ilha. "A polícia actua para fazer cumprir a lei", alerta, admitindo, no entanto, que no passado registou-se comportamentos menos correctos que mancharam o nome da instituição, situação que pode estar na origem do relacionamento pouco cordial entre os maienses e a polícia.
Apostar no policiamento de proximidade é outro desafio, garante Domingos da Rosa que faz saber que a PN vai, brevemente, passar a ter um programa radiofónico, na estação local de rádio, para sensibilizar a sociedade para a missão da polícia.
Com cerca de sete meses à frente da Esquadra e com um colectivo jovem (apenas dois agentes estão acima dos 40 anos), o comandante tem também incitado os seus homens para práticas desportivas, de leitura e de entretenimento, como forma de deleitarem os seus tempos livres.
30-3-2009, 09:36:20
ACG, Expresso das Ilhas
Muito alarmante mas ou mesmo tempo interesante. Onde diz, “…a instituição policial local não tem poupado esforços para estancar a situação”, gostaria muito de saber à que “esforços” refere esse tal informante? Que iniciativas concretas estão sendo tomadas? Também como o artigo relata, polícia em Maio tem estado involvido em “comportamentos menos correctos que mancharam o nome da instituição”, entretanto, que reforma interno, além do programa radiofónico, estão sendo feitas á instituição com o objectivo de reconquistar a confiança e o respeito do povo Maense? Qual é o papel governamental e social neste caso? Perguntas, perguntas, perguntas…espero que o programa radiofónico policial me possa forneçer respostas e mais informações sobre esse assunto. Aguardarei pacientemente.
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