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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DJARMAI - CRÓNICA I

Já são quatro horas da manhã. Perece ser meio-dia, em que todos se movimentam rumo a bitchirotcha para comprarem peixe. Uma movimentação sem igual.
- O vapor tomará sal amanhã bem cedo e ainda não há nenhum saco no porto.
- Acorda, levanta! Não durmas mais, o sol já vai sair.
Ouça… caminham para mareta. – As celas estão na casinha, junto está também os sacos. Os burros estão amarados no quintal. Desamarra-os e vem.
Ali vai Dibãn,
Descalço, com frio vai.
No chão põe os pés; nos burros vão as ferramentas do trabalho e o “quebra djudjum”.
A lua clara ilumina o chão. Pedrinhas levantam do chão, mas aos pés do Dibãn não maltratam.
Chega a mareta ergue os olhos para o céu e reza:
- Deus dam força ku coraja pa és dia di trabadj li corre tud dret. Iluminan nha dia. Amém!
Começam o trabalho, tiram sal, enchem os sacos. Com a preciosa ajuda do “matchim” rumam ao porto.
Faluche com porão aberto, ouve o cantar do Dibãn.
Cansa, descansa…
Dorme nas velhas montes do sal.
Edson Valdir M. Alves

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