Todos vivem com o credo na boca: se houver avaria, a ilha pode ficar em electricidade durante vários dias. O autarca de Porto Inglês explica a Liberal a razão dos receios: a ELECTRA funciona no Maio com um único gerador, a partir do qual fornece energia a cerca de 85 por cento da população. E já hoje acontece, quando é necessário proceder a trabalhos de manutenção, o gerador tem de parar e a ilha fica sem abastecimento
Porto Inglês, 9 Dezembro – Se a Câmara do Maio já resolveu, quase integralmente, o abastecimento de água à população, o mesmo não acontece com o serviço de electricidade, da responsabilidade da ELECTRA. Quanto a este, todos vivem com o credo na boca: se houver alguma avaria, a ilha corre o risco de ficar em electricidade durante vários dias. O autarca de Porto Inglês explica a Liberal a razão dos receios: a empresa produtora e distribuidora, a ELECTRA, funciona na ilha do Maio com um único gerador, a partir do qual fornece energia a cerca de 85 por cento da população maiense. E já hoje acontece, quando é necessário proceder a trabalhos de manutenção, o gerador tem de parar e a ilha fica sem abastecimento.
“É preciso que a ELECTRA disponha, aqui na ilha do Maio, um grupo de geradores. A Câmara já diligenciou junto da Administração da empresa e da Direcção Geral de Energia, para os sensibilizar nesse sentido”, diz-nos Manuel Jorge Ribeiro. “Responderam-nos que iriam fazer o máximo esforço para, até ao fim do ano, colocar mais geradores no Maio”. Até ao fim do ano… Estamos quase a meados de Dezembro, já não falta muito – anotamos. Responde o autarca: “Esperemos. Até à data não há novas nem mandados de mais geradores”.
Percorrendo, à noite, as ruas de Porto Inglês verifica-se que a iluminação pública é ténue. Felizmente que, por enquanto, na ilha se desconhece o kasu bodi e é hábito verem-se as pessoas sentadas, ao fresco, à porta das casas. Num restaurante da ilha garantem-nos que, volta não volta, metade da ilha fica sem energia, enquanto a outra a recebe. Ao fim e ao cabo, nada que não seja um problema bem conhecido na cidade da Praia e em quase toda a ilha de Santiago…
Quanto ao abastecimento de água, a Câmara do Maio resolveu-o com a instalação de três dessalinizadores: um em Pedro Vaz, o segundo em Ribeira de D. João e o terceiro na própria vila. Por esta forma a autarquia está já a abastecer 93 a 94 por cento da população com o mínimo de 50 litros de água/habitante/dia. A meta é atingir os 100 por cento. Entretanto, foi libertada toda a água subterrânea possível para a agricultura e a pecuária.
A Câmara do Maio faz assim prova de que, com todas as dificuldades que resultam de um orçamento curto, é capaz de atender aos problemas cuja solução estão sob a sua alçada. Quanto as outros, aqueles que estão sob responsabilidade exterior, do Governo ou das empresas sob tutela estatal, aí é que surgem os obstáculos e os amargos de boca para os maienses.
Noticia publicada em http://liberal.sapo.cv
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