A fazer-se, com investimento externo, a cimenteira em Santa Cruz, quase toda a matéria prima necessária para o clincker virá do Maio – gesso, calcário, areias! Para o presidente da Câmara Manuel Jorge Ribeiro, esta decisão, a ser efectivamente tomada pelo Governo, não faz nenhum sentido. Em declarações a Liberal, o autarca da ilha de Maio revela ter sido pedido ao Ministério da Economia que fizesse um estudo comparativo antes da tomada de decisões
Porto Inglês, 9 Dezembro – A anunciada decisão de levar para Santa Cruz, n ilha de Santiago, a construção da cimenteira que primeiro foi primeiro perspectivada para a ilha do Maio, deixou perplexos os maienses. Primeiro, porque oficialmente ainda não foram informados pelo Governo; segundo, porque um investimento deste tipo é importantíssimo para uma ilha a braços com a praga do desemprego (mais de 22% da população); terceiro, porque, a fazer-se, com investimento externo, a cimenteira em Santa Cruz, quase toda a matéria prima necessária para o clincker virá do Maio – gesso, calcário, areias! Para o presidente da Câmara Manuel Jorge Ribeiro, esta decisão, a ser efectivamente tomada pelo Governo, não faz nenhum sentido. Em declarações a Liberal, o autarca da ilha de Maio revela ter sido pedido ao Ministério da Economia que fizesse um estudo comparativo antes da tomada de decisões.
Em Porto Inglês, as pessoas com as quais falou a reportagem de Liberal concordam que não se vêem razões técnicas ou económicas para retirar a esta ilha a cimenteira que primeiro foi projectada para ela. “Se tudo o que é necessário para a produção do cimento está aqui, porque é que a cimenteira terá de ir para Santa Cruz? Está na cara que as razões deste disparate são outras: é a política, a má política, com que o Governo quer castigar a ilha do Maio. A ilha do Maio tem votado MpD, Santa Cruz elegeu PAICV… Logo, Maio não pode ter a cimenteira, é Santa Cruz que a tem que ter, mesmo que não tenha o necessário para o cimento, que terá de ir daqui”.
Reportamos a Manuel Jorge Ribeiro isto que nos disseram. O autarca encolhe os ombros: “Não sei. Oficialmente ainda não fui notificado de uma eventual decisão do Governo. Nada nos foi dito, nada nos é dito. Desconhecemos razões e fundamentos. Mas há uma realidade incontornável: mais de 95% da matéria prima para o cimento terá que ir da ilha do Maio. E, se assim é, não se vêem razões, nem técnicas, nem económicas, nem de racionalidade, para que a fábrica não possa ser aqui”.
NR
Noticia publicada em http://liberal.sapo.cv
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